tag:blogger.com,1999:blog-3826592093090980595.post1250018644067711737..comments2023-04-26T09:05:24.833-07:00Comments on As palavras são eternas...: PalavrasGláucia Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/11435840940841699044noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-3826592093090980595.post-73028399603918796682016-06-09T14:38:32.505-07:002016-06-09T14:38:32.505-07:00Na madrugada desperto, quando perto de conceber-te...Na madrugada desperto, quando perto de conceber-te, quando prestes a dar-te à luz.<br />Surges inesperadamente no túnel da escuridão do meu sagrado momento de repouso.<br />Entorpecido, do sonho vejo-me obrigado a ausentar-me, pois tuas inspirações não avisam<br />quando vão chegar, não marcam hora, não agendam data, não há planejamento que as acomode,<br />nem compromisso tão importante que as faça esperar.<br /><br />Por mútua conveniência começo a escrever-te, quiçá por medo da desventura de esquecer-te.<br />Não há inconveniente, do futuro ou do presente, que me afaste do encontro inevitável<br />da caneta com o papel. Sim, porque tua concepção é analógica, teu parto ainda é normal.<br />Teu batismo, porém, é digital, e o teu crescimento é questão de momento,<br />depende do simbiótico amadurecimento da relação com o teu genitor.<br /><br />Vez em quando são requeridos retoques. Se observada atentamente, surge não raro necessidade premente de aparar alguma aresta, corrigir alguma imprecisão, expressar-te com mais exatidão,<br />por devoção e respeito à tua sapiência intrínseca, à nossa respeitável convivência, e à revigorada concepção de teu mais crítico leitor.<br /><br />Não há recalques nem mágoas nesse relacionamento, ainda que surja o desinteresse ou arrependimento posterior, porque a mente em transformação é como o vento em seu furor.<br />Mas, não perdes a importância nem o frescor da tua infância, por maior que seja a distância<br />entre a data de teu original registro e a realidade atual de teu autor.<br />És como a tarde em seu fulgor, tens lugar cativo na história, <br />até quando, da existência, o lapso de memória for o meu próprio desertor. ("O POEMA DA POESIA", em 30/08/2011... http://www.davegroover.com.br/versus/BLOG/Entradas/2011/9/1_O_POEMA_DA_POESIA.html)David Sérgio Britohttps://www.blogger.com/profile/05551761894639784600noreply@blogger.com