sábado, 23 de abril de 2011

O Filho no Pai

Não entendo...


A dor do Filho, na dor do Pai,


O plano escrito, um amor que não se esvai.


Num último instante, de agonia e aflição,


O Filho pede ao Pai que do cálice não beba,


Que das cáscaras não experimente,


Qual dor que jamais ninguém sente!




O Pai, pelas dores do Filho moído,


Não exita, hora aflita, hora da separação!


Quando o Filho carrega a culpa e o pecado,


Da humanidade que o deixou de lado.




O deixou sozinho, no momento de horror!


Todo o céu deve ter se calado,


Como pôde o filho de Deus submeter-se a tamanha dor!


O mal intentou uma canção de vitória,


Mas não era este o fim da história!




No terceiro dia, o Filho vence a morte enfim!


E trás vida eterna sobre o mundo, sobre mim!


A canção da vitória é cantada nos céus agora,


A canção é por nós jogada como semente,


E o Filho sentado à destra do Pai comemora,


Sua glória, seu amor, vida em nós, eternamente!






Gláucia Carvalho


23.4.2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Por que da dor?
No que ela quer interferir?
Por que insiste em ferir
Se a ela não fiz nada?

Por que dor não some assim
Como resolveu aparecer?
Por que não te esqueço em nenhum dia
Por que não pode fenecer?

Se tivesse uma espada contra dor eu a usaria
Se tivesse o antídoto contra dor eu o beberia
E se minha escolha fosse entre ti, dor 
E a vida, eu juro, morreria.

Glaucia Carvalho
08/04/11