De quantas vidas vou precisar pra saber como se vive?
Às vezes me sinto como uma criança perdida dos pais...
Eu vivi menos, ou vivi mais?
De quantas estrelas eu vou precisar para me localizar neste deserto?
Fui assim tão longe, ou continuo perto?
Quantos milênios teria eu que viver,
Para não saber nada, ou para apenas saber?
Que música teria que ser ouvida,
Para eu permanecer ou ser minha despedida?
Como me preparar para o desconexo, inverso,
Versos estes que nunca escreverei...
Não! Não! Tempo não terei...
E ainda por olhar desatento,
Que não me vê por dentro,
Há uma lenda que dita,
Que o que mais tenho é tempo!
Gláucia Carvalho
26.06.2015