Já há tempos escrevo num lugar ou outro, mtas vezes escondidos em gavetas,cadernos,guardanapos,coisas do meu dia-a-dia.Algumas pessoas que em algum momento se indentificaram comigo e acharam interessante eu tentar juntar tudo num lugar só acabaram por me convencer. Espero aqui dizer exatamente o q sou,como sou e como sonho que a vida seja para todos cheia de paz graça e muito humor.Minha frase de praxe é, muito sincera: um beijo n'alma de tantos quantos vierem aqui.Sempre, Gláucia
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Comprei um barco a vapor,
Andei milhas de trem.
Fui grata por tudo e todos,
Jamais me esqueci do Amém!
Fiz novos versos e amigos,
Revi gente da minha infância,
Já abri as janelas da casa,
E percorri maiores distâncias!
Comi umas frutas diferentes,
Visitei outras gentes,
Dormi em qualquer lugar da floresta!
Foram lá, praticamente, todas as minhas festas.
Dancei ao luar,
Pedi para ficar,
Quando quis ir,
Sem ressentimentos ou maldade,
Deixei um gosto de amor,
E levei intensa saudade.
Já não me importava com meus cabelos,
Apenas com as pessoas.
Tirei de uma vez as sandálias dos pés.
Fui tão feliz em sonhar novamente,
E tudo aconteceu no ano de dois mil e dez!
(Que venha 2011)
Gláucia Carvalho
31.12.2009 - quase 2010
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Dizem que sou doida.
Talvez o seja!
Que importa comecei agora,
Em minha loucura se enseja,
Se deseja um "ar de paz na terra".
No mínimo onde habito.
Há umas árvores frutíferas,
Com as quais converso todos os dias!
Pudera, elas me dão frutos o ano inteiro,
Os pássaros, naturalmente vêm primeiro,
E me resta o admirar da astúcia deles!
Eu os aplaudo e respeito!
Caberia a mim, os frutos do meu pleito.
Porém aqueles que de nada têm medo,
Chupam minhas frutas maduras,
Porque se acho que acordo, eles acordam bem mais cedo!
Vou aprendendo com as árvores e os pássaros,
Enquanto me regalo no meu canto.
Chamam-me de doida, não importa:
Aqui no meu canto, eu canto...
(E chupo o restinho que os pássaros me deixam, das minhas
frutinhas...)
Gláucia Carvalho
23.12.2009
Infinita beleza
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Casa Mal Assombrada
Não tenho nada que fazer aqui,
Não tenho sonhado bem
E as noites são estranhas.
Talvez em minhas entranhas,
Hja restos mortais de mágoa.
Este lugar onde habitam,
Os seres que me destroem,
É feio, velho, antigo,
Já deveria ter demolido,
E construido de novo.
Reconstruir em si mesmo,
Por que seja o mais difícil,
É um ardoroso ofício,
De se enxergar melhor amanhã!
De se ter renovado agora,
E ver diluindo e ruindo,
O passado ruim que vai indo embora.
Gláucia Carvalho
9.12.2009
(Baseado numa foto de uma linda casa, que meu filho transformou em casa sombria e estranha, para um trabalho de seu curso. Quis fazer o curso inverso. A casa feia, pode ficar melhor do que antes...)
Não tenho sonhado bem
E as noites são estranhas.
Talvez em minhas entranhas,
Hja restos mortais de mágoa.
Este lugar onde habitam,
Os seres que me destroem,
É feio, velho, antigo,
Já deveria ter demolido,
E construido de novo.
Reconstruir em si mesmo,
Por que seja o mais difícil,
É um ardoroso ofício,
De se enxergar melhor amanhã!
De se ter renovado agora,
E ver diluindo e ruindo,
O passado ruim que vai indo embora.
Gláucia Carvalho
9.12.2009
(Baseado numa foto de uma linda casa, que meu filho transformou em casa sombria e estranha, para um trabalho de seu curso. Quis fazer o curso inverso. A casa feia, pode ficar melhor do que antes...)
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
O Aquário
Um Aquário largado,
Dantes usado, apreciado,
Cheio de águas límpidas,
Com seres marinhos diversos!
Adverso ao verso supracitado,
Alguém avista o aquário largado,
E assim, sem pensar se quadrado,
De vidros completamente embaçados,
Este ser o aquário acolheu...
O limpou, lustrou com tamanha coragem,
Vendo em sonhos o mar em miragem,
Viajando no mar mergulhou...
Sentiu então que os seres marinhos,
Vivem em aquários divinos,
Que vidros todos não os poderiam comportar!
Deixou o aquário exposto,
Vazio de tudo, num quarto,
De onde se escuta o mar...
Dizem que o deixa até hoje,
O aquário cheio de ar.
Isto foi há tanto tempo,
Mas a lição teve um intento,
Que serviu-me de alento tal,
Que quis este momento eternizar!
Aprendi a lição que os seres marinhos,
Estão para a água,
Assim como os pássaros para o ar....
O "Aquário"?? Dizem os mais antigos,
Continua no mesmo lugar!
Gláucia Carvalho
entrando no dia 21.11.2009.
(Inspirado e dedicado ao meu amigo/irmão, Ricardinho Mendes)
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Eu preciso escrever algo!
As palavras estão me surrando,
E quero largá-las a esmo,
Enquanto estou respirando.
O ar é todo melancolia,
É sempre escuro o meu quarto,
Deve ser um ritual da poesia,
Assim como se sofre no parto.
Depois das palavras paridas,
Onde desejo dormir,
Sou novamente possuída,
Por outras histórias paridas,
Ao iniciar de nova gestação.
Nova estação de perguntas,
E respostas sem existir.
Vou gerando quaisquer tolos versos,
Para, novamente, com dor os parir!!!
Gláucia Carvalho
20.3.2009
As palavras estão me surrando,
E quero largá-las a esmo,
Enquanto estou respirando.
O ar é todo melancolia,
É sempre escuro o meu quarto,
Deve ser um ritual da poesia,
Assim como se sofre no parto.
Depois das palavras paridas,
Onde desejo dormir,
Sou novamente possuída,
Por outras histórias paridas,
Ao iniciar de nova gestação.
Nova estação de perguntas,
E respostas sem existir.
Vou gerando quaisquer tolos versos,
Para, novamente, com dor os parir!!!
Gláucia Carvalho
20.3.2009
Queria noites mais longas,
Com seu mistério e escuridão.
Queria menos som, menos sol,
Somento o canto noturno,
Doluar, de um mar, talvez de uma paixão...
Queria que não fossem derradeiras,
As ladeiras destas emoções,
Queria acesas as fogueiras,
Que queimam de aletria,
Tornam em pó a agonia,
De esperar as festas e seus balões...
Queria ter tudo isto eternizado,
Numa noite, cujo batizado,
Deu-se quando eu nasci...
Fim de tarde bem adiantado,
Precipícios de lua, foi a veste que vesti,
Não se se já era madrugada,
Não sei exatamente em qual entrada,
De uma escuridão tão linda,
Invadiu minha boca pueril
E pela primeira vez eu sorri!
Gláucia Carvalho
5.5.209
(nasci às 18h30. Talvez por isto ame tanto o revirar da tarde para noite)
Dia de ventania
Este dia teve todos os tempos
Agora, chove uma chuva de vento,
E ao longe escuto trovões.
Assim vagam meus pensamentos,
Distantes num mesmo trem
Separados por tantos vagões
É vago o instante de agora,
Nem sei bem o que sentir
Se é hora de aquietar-me os trovões,
Se é hora de assim mesmo partir.
Tenho pavor desta mágoa,
De não saber o que virá após,
Tenho pavor desta água,
Que desce ao relento como nós...
Sem destino, sem um lugar certeiro,
Levada a regatos e alguns canteiros,
Separando ainda mais o que sobrou.
Feito dia, a claridade sombria,
Mostra o pouco que restou...
E vem chuva e eu vou chovendo também,
Vou molhando alguns lugares,
Em milênios talvez eu me junte aos poucos,
E me encontre em qualquer um,
Dos sete mares.
Gláucia Carvalho
25.09.2008
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Súplica
Ah... eu suplico uma prece,
Que nada em mim se apresse!
Que eu não mais enlouqueça,
Para que anoiteça.
Para que eu não aconteça...
Ah... Eu me quero mais viva!
Menos distante de mim!
Eu te quero mais perto em meus braços,
Num abraço sem fim...
Eu te quero "pessoas", tão boas
E que vivamos nossos a toas,
Sem remorsos, sem confusões,
Que sejam reais, não mais sonhos,
Que se partam em mil as ilusões!!
Que se aparte de nós a saudade,
Que se expulse a mágoa e maldade,.
E que fiquemos assim devagar,
Como um canto cantado à beira mar...
E seja o canto da gente se amar...
Gláucia Carvalho
22.10.2009
Estou voltando gente...
Retornando aos poucos.
Retomando o pouco que restou de mim.
Descobri que a vida continua enfim!!!
Viajar não basta!
Dormir e dormir não basta!
Os vãos vinhos se vão...
E a vida assim se arrasta!
Nada basta! Nada basta!
Dei um basta em mim mesma,
E percebi então,
Que o improviso é a graça!
E que o riso escondido abraça!
Que a calma e a paz na alma,
Moram em mim. Não noutro lugar...
Tenho a paz desmedida,
Que em mim torna em vida,
Que só o Amor no Eterno dá!!!
Gláucia Carvalho
22.10.2009
Sol na Noite
Ontem eu vi o sol a noite...
Pensei que era um sonho
Um sonho de sol...
Porém a noite ardia adentro,
Com suas estrelas, astros, cometas,
Suas vidraças, infinitas gavetas,
Onde giram em dança os feitos de Deus!
Não me importei eu ouvi linda canção,
Das vibrações, em suas rotações,
Dos feitos de Deus, de sua criação,
Que dancei junto às estrelas!
E cantei e chorei e sorri,
Com o ardor do sol,
Na noite que atiça!
Não era sonho, foi tão verdadeiro o brilhar
Na minha noite,
Do sol na minha vida, o sol da Justiça!
Com o ardor do sol,
Na noite que atiça!
Não era sonho, foi tão verdadeiro o brilhar
Na minha noite,
Do sol na minha vida, o sol da Justiça!
Gláucia Carvalho
10.09.2009
(madrugada)
10.09.2009
(madrugada)
terça-feira, 21 de julho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Um restinho de vinho na taça,
E os pingos da chuva que cai,
Deixando embaçada a vidraça,
E eu não vejo quem vem e quem vai.
O restinho do vinho não bebo,
Quero deixá-lo para quem,
Descobrir que a solidão é segredo,
De quem não vê quem vai e quem vem...
Que a chuva jamais acontece,
Nem o sol, nem mesmo anoitece,
Tudo é a vidraça embaçada
De onde não vejo nada!
Só escuto, ao longe, as vozes, os risos,
Os movimentos de uma porta que se abriu,
Porém o meu vai e vem tão ocioso,
Jamais saberá se alguém entrou ou saiu...
Gláucia Carvalho
5.nov.2008
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Imensidão
Eu sou muita e muitos,
Sou vácuos e vales,
E não pedi pra ser assim,
Brisa e ventania,
Eu sou um lado bom,
Mas também sou um lado ruim.
Eu sou mares e serras,
Sou luzes e trevas,
Sou tudo enxertado assim,
Sou pequena e imensa,
E tenho um imenso,
De tudo morando em mim...
Eu sou voz e silêncio,
De paz e intensos,
De calmas e turbilhões,
Sou até a alforria,
De minhas partilhas,
E assisto os meus furacões,
Eu sou cores, sou branco,
E num "black" eu me apago,
E fujo pra dentro de mim,
Eu sou assim...
Ah eu sou assim...
Sou o meu lado bom,
Mas também o meu lado ruim.
Quando Ele me vê, assim tão bipartida,
Com sua mão a me apaziguar,
Diz com a calma de Pai:
Te amo tanto, te fiz e conheço teus mares e cais...
E eu volto a ser a menina de tranças,
Que balança nas galhas em flor,
Porque Ele não muda,
Ele nunca mudou,
Porque os lados d'Ele,
São todos Amor!
(Ele nunca some, Ele nunca sai,
Não me deixa só, Ele jamais trái,
Ele arde a vida, da qual é o autor,
Ele é a vida, Ele é o amor!
Gláucia Carvalho
26.11.2007
(um bolero)
Sou vácuos e vales,
E não pedi pra ser assim,
Brisa e ventania,
Eu sou um lado bom,
Mas também sou um lado ruim.
Eu sou mares e serras,
Sou luzes e trevas,
Sou tudo enxertado assim,
Sou pequena e imensa,
E tenho um imenso,
De tudo morando em mim...
Eu sou voz e silêncio,
De paz e intensos,
De calmas e turbilhões,
Sou até a alforria,
De minhas partilhas,
E assisto os meus furacões,
Eu sou cores, sou branco,
E num "black" eu me apago,
E fujo pra dentro de mim,
Eu sou assim...
Ah eu sou assim...
Sou o meu lado bom,
Mas também o meu lado ruim.
Quando Ele me vê, assim tão bipartida,
Com sua mão a me apaziguar,
Diz com a calma de Pai:
Te amo tanto, te fiz e conheço teus mares e cais...
E eu volto a ser a menina de tranças,
Que balança nas galhas em flor,
Porque Ele não muda,
Ele nunca mudou,
Porque os lados d'Ele,
São todos Amor!
(Ele nunca some, Ele nunca sai,
Não me deixa só, Ele jamais trái,
Ele arde a vida, da qual é o autor,
Ele é a vida, Ele é o amor!
Gláucia Carvalho
26.11.2007
(um bolero)
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