terça-feira, 17 de agosto de 2010

SeCastigo


Hoje faria um daqueles hinos.
Com direito a toque de sinos,
De trombetas, berrantes e "shofares",

Ou o que quiserem chamar.

Parafrasearia o bem-te-vi Benjor:

-Chove chuva, chove sem parar!!!

Ou cantaria à moda antiga,
Nas brincadeiras da infância e de agora,

Gritaria bem alto porque tô à fim:

-TOMARA QUE CHOVA TRÊS DIAS SEM PARAR!
Que terra "secastigada" sô!

É o beiço cortado,

A pele rachada,

O nariz sangrando,

As árvores morrendo,

Os bichos fugidos,
As matas queimando,

Ó Deus, tenha dó de Brasília, nos brilha de chuva...

Nos embrulha de bençãos mais do que merecemos,

Aqui há uma névoa tão negra de poder...

Só o Senhor que é o dono de tudo,

Que manda nos tempos, pra ter pena de nós

Ordenar um "BASTA" às pedras do caminho,

Que eu sei que num instante, tudo e todos se curvam,

As nuvens se ajeitam à voz do Poderoso Deus
e certamente

...vai chover.

Gláucia Carvalho

24.9.2007


(muito seco em Brasília)

3 comentários:

J.F.AGUIAR disse...

Gláucia, está tudo seco...!
precisamos de água,
mande água Senhor!

J.F.AGUIAR disse...

Meu Deus me socorre
Como é triste meu vivê
Severino foi embora
Me deixou apadecê
Com uma ruma de mininu
Eu não sei o qui fazê
O gado está morrendo
Não tem o qui cumê
Sou carpideira
Hoje choro mais um fio
Isto corta o coração
É triste meu destino

Mande água Sinhô
É o qui mais quero
Um açude bem cheinho
Água de muito inverno

Severino está divorta
Estou sonhando com este dia
Continuo nu mermo lugá
Como é triste meu distino
Mande água Sinhô
Um açude bem cheinho

Gláucia Carvalho disse...

Fantástico Seu José....
Amei!! o senhor é demais...
Sou fã!
Obrigada pelas postagens, comentários. Deus abençoe o senhor. Desculpe estar distante. Estou muito doente, justamente por causa da "seca"... complicado. Mas "esperança" de chuva. é isto aí.
Paz, sossego e silêncio. (exceto o de trovões...) -)

um abraço, Gláu