Eu era menina ainda,
Dormia com os cabelos sem pentear,
Vinha direto da rua, com os joelhos sangrando,
Com o vento engolido à fio, do dia que Deus dera...
Ai quem dera engolir mais ventos!
Abraçar depressa a ventania,
Enquanto ela rodeia os sete mares,
E ainda nos presenteia em maresia!
Eu menina ainda era,
Quando a festiva primavera,
Me fazia "pegar emprestado" em alguns quintais,
Flores diversas para "Bouquets" fenomenais.
Normalmente dados a mãe da menina que eu era ainda,
Toda vida era bem-te-vinda,
Todo canto era sabiá,
Todo pomar era passarada,
E absolutamente todos sabiam cantar...
Que saudade da menina hera...
Que em era sua existência transformou,
E se sonha , sonha em eras,
O que jamais se realizou.
Gláucia Carvalho
14.01.2011
3 comentários:
Bom, muito bom!!bjos
Que bom ter vc aqui Vilminha! um zilhão de beijos do tanto da saudade...!
"Menina" Sonhos de quintais,
sonhos de infância... que saudade!
Pode a vida matar um sonho?
eu digo que não, hoje tu sonhas
muito mais... quantos sonhos encontramos em nossos quintais de adultos... uns realizados,outros não... A sua poesia é um sonho
realizado... sua música também,seus
filhos, O melhor está por vir...
Seus sonhos são os sonhos que Deus
sonhou.
Em face de tantas adversidades,podemos ser pessoas
que esperam o melhor, vislumbram
o passado e dele extraem recordações maravilhosas, que olham
para o futuro e conseguem enxergar
o fim da dor e dos motivos que o
fazem surgir. Gláucia eu a conheci
pela poesia e na poesia carregamos
nossos sonhos, pesadelos... você entende... Você é forte: Menina,
mãe e mulher.Deus nunca desistiu
de você, ( você sabe disso )
Ele apenas o conduziu por caminhos
desconhecidos, justamente para que através dessas veredas ele pudesse
conhece-la de forma tão íntima.
Ele o tem inspirado, você hoje
sonha muito mais... Bons sonhos
minha amiga!
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