Nada diferente debaixo deste sol,
Como espigas de milho no paiol
Nos amontoamos anônimos de nós mesmos.
E cada qual com seu umbigo,
Escuta só o que quer ser ouvido,
Fala só o que quer falar,
Abstraídos de outro ouvido, de outro olhar.
Eu divago vaga e impotente,
Não entendo esta gente,
Que não pensa noutra gente!
E eu divago devagar e sempre,
Não nasci para este mundo louco,
Daqui quero só o meu pouco
E necessário pão de cada dia.
Também quero a flor viva e a poesia,
Meus rebentos alentados pela alegria
De como eu, saberem-se inadequados,
Nesta terra, mas por Deus guardados.
Divago vagamente sobre a semente,
Aquela que pra nascer novamente,
Necessita morrer.
Certamente frondosa e frutífera árvore,
Dará à terra como exemplo,
De que nesta nossa história,
Vivemos o aqui e agora,
Mas nosso presente presente,
Já é viver de glória em glória!
Gláucia Carvalho
26.agosto.2011
3 comentários:
Gláucia parabéns! belo poema!
Gláucia interessante... permita-me
O eu fez um muro
Não quero enxergar o outro
O eu não se nutri da falta do outro
O eu solitário de um pensar
Aniquila o se dar o se doar
O eu não sente o ar
Não sente o cheiro da terra
Não consegue conceber
Abelhas e mel
O jardim do outro
Porque no seu escuro
Vem sem rumo
Vem sem prumo
Cambaleante
Derrubando os muros
Se findando nos braços do outro
Beber da água do outro
Que o eu tanto esqueceu.
"Quem é nascido de Deus,sabe compreender que precisamos uns dos outros" Gláucia Deus é contigo!
Deus te inspire sempre!
Passei aqui para reler o belo poema! Temos que nos preocupar com
os outros, Jesus nos ensinou:"Quem
vem a mim de maneira alguma e o lançarei fora" O grande desafio
amar nos nossos inimigos, temos que começar orando pelos nossos inimigos,ao mesmo tempo pedir a Deus que nos ajude a ama-los
Esta é vontade do nosso Deus
Não é fácil mas não é impossível
se nos colocarmos totalmente nas
mãos do nosso Deus.
Gláucia,que lindo poema! Obrigada por colocar poesia em nossos dias! Deus te abençoe sempre! Bjs!
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