segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Chuvarada

Este tempo de fogo que arde
Que lambe os vales e florestas
Que adia todas as festas
É tempestade em mim.

Embora seca eu choro rios,
Eu atiro flechas em forma de relâmpagos
Eu grito e brado trovões
Deságua minha mágoa, vão-se juntos meus ribeirões.

Até que aponte no céu a nuvem escura,
Que vai acender a esperança enfim
Até que grossas gotas caiam do céu em minha pele e alma
E a chuva chova toda água pra dentro de mim.





Gláucia Carvalho
03.09.2012

Um comentário:

J.F.AGUIAR disse...

Lindo sua chuvarada, gostei!!!
minha amiga por favor me permita
Flor em deserto

A caravana vê cactus
Espinhos, não flores
Quem anda em deserto
Só espera água
Olhar em desalento
Olhar em desatento
Deserto garganta sedenta
Lá está a solitária beleza
Água de um olhar virá?
Uma flor dura pouco
Instantes de vida...
Pode não haver o amanhã
Nuvens sem chuvas
Lá os espinhos
Lá a bela flor de cactus
Solitária flor
Será para quem?
Viajante que se arrisca
Olhar a flor
Encontrará fontes
Paisagens amenas
Água, lágrimas, poesia
No deserto há vida
A caravana não vê