quarta-feira, 23 de dezembro de 2009


Dizem que sou doida.
Talvez o seja!
Que importa comecei agora,
Em minha loucura se enseja,
Se deseja um "ar de paz na terra".
No mínimo onde habito.

Há umas árvores frutíferas,
Com as quais converso todos os dias!
Pudera, elas me dão frutos o ano inteiro,
Os pássaros, naturalmente vêm primeiro,
E me resta o admirar da astúcia deles!

Eu os aplaudo e respeito!
Caberia a mim, os frutos do meu pleito.
Porém aqueles que de nada têm medo,
Chupam minhas frutas maduras,
Porque se acho que acordo, eles acordam bem mais cedo!

Vou aprendendo com as árvores e os pássaros,
Enquanto me regalo no meu canto.
Chamam-me de doida, não importa:
Aqui no meu canto, eu canto...
(E chupo o restinho que os pássaros me deixam, das minhas

frutinhas...)

Gláucia Carvalho
23.12.2009

3 comentários:

JOÃO JOAQUIM MARTINS disse...

Palavras são eternas. Te convido a ler o nosso trabalho e passar estas palavras eternas para o universo.Joao.

J.F.AGUIAR disse...

Belo!! muito bom!! Jesus te ama!!!
Sossego,silêncio e Paz.

Desiderata disse...

A mim também me chamam doida!
por ter certezas sem poder provar, por dizer o que sinto e não me esquivar, por não conseguir deixar de sonhar.
Um beijo, querida beija-flôr!