quarta-feira, 21 de março de 2012

Tempo Destemperado

O tempo, que me tempo dá,
E o mesmo que me consome,
Que me dá do céu fome,
E que não para pra descansar.

Se o tempo  me desse um tempo
Para eu poder não pensar,
Certamente eu teria menos tempo,
O tempo não pode parar.

Então eu paro com as indagações de agora,
Ao escrever o próximo verso
O meu tempo já foi embora
O meu tempo não volta mais e eu só preciso de paz.


Só preciso de sossego pra escrever apenas mais um
E dizer que sou cativa do tempo e que ele é cativo de mim,
Se eu posso fazer versos neste tempo,
Ele não é cruel, nem ruim.


Posso dizer para o tempo,
Vamos trabalhar nós dois.
Ele maroto me diz,
Faça logo, que eu já sou depois!


é... o tempo passou!


Gláucia Carvalho
21.3.2012

2 comentários:

J.F.AGUIAR disse...

Há tempo para tudo...tempo para nada... esta nossa vida nos deixa
ansiosos, e em conflitos, "tempo
destemperado" cruel e amargo.
Gláucia forte abraço!

Mergulhando Na Leitura disse...

Tenho um poema bem parecido com esse. Muita coincidência, até na imagem. Adorei o seu cantinho e voltarei mais vezes para acompanhar sua escrita. Um abraço!!