
Eu fui até o ribeirão,
Tentei de lá triscar a lua cheia,
A minha viagem foi em vão...
Ela subiu, sumiu num instante,
Daí a vi surtada minguante,
Êta lua distante...
Eu fui até a beira da praia,
Tentei de barco, o alto mar,
Não vi sequer nenhum resquício,
Do sol que se põe do lado de lá...
Tentei tocar, em vão, tocar...
Ele desceu num instante e mergulhou,
Queimando as águas distantes,
Pra mim? Nem lembranças deixou...
Eu fui até o topo do morro,
Achei que tocaria uma pincelada de azul,
Que nada, o azul fica bem mais longe que suponho,
Não há chance, não há sequer um pedaço de véu,
Que simule, que adoce a boca de quem quer alçar o primeiro "e que" dirá derradeiro, vislumbre do não-cético sétimo céu...!!!
Gláucia Carvalho
15.8.2006
"Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus". Mateus 4:3
Um comentário:
Eu li... e estou bem aventurado...
Tu és bem aventurada e nos faz feliz com a poesia.
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