terça-feira, 4 de outubro de 2016

Faz de conta

Faz de conta que é noite agora.
Faz de conta que já não sou mais.
Faz de conta que de mim contam apenas memórias,
Algumas verdades, umas mentiras, uns segredos,
Talvez alguns medos e eu repouse em paz!

Faz de conta que já não tenha sentido,
Nenhum segundo aqui vivido.
Afinal, missão cumprida já faz parte do que se foi.
Faz de conta que sou Poliana por um dia,
E que minha alegria,
É fazer de conta de não fazer de conta!

Faz de conta que fui embora, da mesma maneira que cheguei.
Sem muito alarde, em um fim de tarde,
Como a hora que na vida mais amei.
Faz de conta que que tudo não passou de um poema delicado,
Que eu jamais decorei.

Gláucia Carvalho
04.10.2016

Um comentário:

J.F.AGUIAR disse...

Faz de conta!!!! Toda poesia tem algo de virtual, algo ficção...Um real faz de conta, com todo o potencial do belo real! Poesia é um significante com todos os significados: Do bem, do bom e do belo. Viva a poesia!