domingo, 20 de maio de 2012

Um dia eu saio...


Quando eu não tiver mais medo eu saio.
Quando os fantasmas forem embora lá de fora.
Quando o sol não estiver queimando tanto,
Fico aqui dentro por enquanto.

Quando os medos se dissiparem eu saio,

De saia rendada, rendida pra vida,
Por enquanto eu vejo bilhões de entradas,
Mas delas não vejo nenhuma saída.

Então vou ficando aqui confortável,

Porque o medo mora lá fora,
Daqui de dentro já expurguei todo o pranto
E ele daqui foi embora.

Vou ficando aqui por enquanto,

Até que meu medo não seja mais segredo,
E os outros de mim mesma se guardem,
Já não suporto palavras duras e olhares que, queimando, me ardem.

Eu prometo! Eu vou sair um dia.

Com a primeira roupa que eu vir,
De chinelas rasteiras, bijouterias e uma terna velhice,
Que já não me prenderão mais aqui!


Eu vou sair..., um dia... eu vou sair...

Gláucia Carvalho

20.5.2012

2 comentários:

J.F.AGUIAR disse...

Saia minha amiga; eu lhe afirmo de minha parte, não haverá palavras duras,e olhares que queimam...
Há tempo para tudo... você saberá
o momento exato... Gláucia saia e quando sair não esqueça deste velho
amigo. Felicidade poesia sempre!

J.F.AGUIAR disse...

Gláucia, permita-me
Vou sai

O ritmo das rodas
Na cidade dos homens
Automóveis não se movem
Bicicletar é hora
Bicicletar sonhar...
A vida parou
Para o bom ar
No rosto, na alma
Diz Sofhia: Quero bicicletar
Sabedoria de criança
O carro mata
Eu sou pequena
Meu avô é grandão
Ele sabe bicicletar
Eu sonho como Sofhia
Barulho e risos
Idosos e crianças
Silêncio!!!
Não acordem os carros
Quero aprender bicicletar