Queria noites mais longas,
Com seu mistério e escuridão.
Queria menos som, menos sol,
Somento o canto noturno,
Doluar, de um mar, talvez de uma paixão...
Queria que não fossem derradeiras,
As ladeiras destas emoções,
Queria acesas as fogueiras,
Que queimam de aletria,
Tornam em pó a agonia,
De esperar as festas e seus balões...
Queria ter tudo isto eternizado,
Numa noite, cujo batizado,
Deu-se quando eu nasci...
Fim de tarde bem adiantado,
Precipícios de lua, foi a veste que vesti,
Não se se já era madrugada,
Não sei exatamente em qual entrada,
De uma escuridão tão linda,
Invadiu minha boca pueril
E pela primeira vez eu sorri!
Gláucia Carvalho
5.5.209
(nasci às 18h30. Talvez por isto ame tanto o revirar da tarde para noite)
Um comentário:
Muito bom!! quando eu crescer quero escrever como você...
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