quarta-feira, 21 de março de 2012

Musa de ninguém

Quem foi o insano que disse,
Que eu mesma me basto.
Ah... eu me gasto, eu me casto.


Quem é a pessoa que pensa,
Que eu não gostaria de ter,
Outra pessoa do lado,
Para que eu pudesse ver.


Para que outros pudessem ver que pertenço.
Que pelo menos de alguém eu sou musa,
Sinto-me velha e cansada, 
Como meu espelho que me acusa!


Ninguém ao seu lado lady.
Ninguém para te esquentar,
Eu concordo com o espelho maldito,
Eu sempre tô sozinha por lá.


Tô sozinha por aqui e para sempre,
Até que um sonho venha me dizer,
Você é de todos e todas,
Mas a ninguém vai pertencer!

Eu eu digo novamente, espelho maldito!
Eu só queria ser comum, ser maresia,
Ele paciente refuta,
Você é amante e prisioneira da poesia!


Gláucia Carvalho
21.3.2012


(em resposta aos fantásticos poemas de Eduardo Ramos, "sobre poetas e musas."

Um comentário:

J.F.AGUIAR disse...

Você é musa é poetisa é talentosa,
tens a poesia na alma não acredite
no espelho...você é muito jovem
e tem beleza... Gláucia minha amiga
forte abraço!